Criação: Cláudio Almeida
Diretores e gestores de diversas instituições de ensino têm buscado soluções eficientes para aumentar a taxa de retenção dos alunos. Afinal, não adianta captar novos estudantes e não conseguir conservar os antigos, certo?
Se você está vivenciando esse dilema, saiba que boas (e certeiras) estratégias podem garantir a satisfação permanente dos alunos. Para ajudá-lo, separamos 06 dicas para você implantar na sua instituição de ensino. Acredite: elas são a base de um trabalho sólido, que você pode (e deve) aperfeiçoar sempre. Confira a seguir!
1-Tudo começa na captação
Você pode até pensar que essa primeira dica é desconexa – mas ela não é! Trabalhar a retenção desde a captação dos alunos é uma prática que gera bons frutos.
Vejamos: é natural que um estudante que entra em uma instituição de ensino queira concluir todo o percurso. Contudo, no decorrer do semestre – pelos mais diversos motivos – ele também pode optar por mudar de instituição ou, em último caso, trancar a matrícula.
Para evitar situações como essas, a dica é: no momento em que o estudante se matricular, exponha com clareza e objetividade todas as informações referentes à instituição de ensino. Converse sobre o curso, as disciplinas, os cronogramas semestrais ou anuais, as metodologias de ensino adotadas, a política de pagamento – aqui você também precisa informá-lo sobre possíveis reajustes de mensalidade -, entre outros assuntos pertinentes. Assim, você permite que o aluno tenha uma visão ampla da instituição, e consegue aliá-la à realidade dele.
2- Ofereça soluções para as dívidas
Quando falamos em retenção de alunos, um grande desafio é quando o estudante se encontra em uma situação de dificuldade financeira, tendo como solução paliativa interromper o curso. Cancelamentos por questões financeiros podem acontecer por: aumento da mensalidade que não condiz com o orçamento pessoal do aluno, desemprego, entre outros motivos.
Cabe à instituição estar apta a lidar com essa situação, tentando encontrar soluções que contribuam para a retenção de alunos – o que, sucessivamente, garantirá o sucesso da instituição.
São práticas necessárias nesse momento:
- informe, durante a matrícula, todos os dados relacionados a pagamentos – dizendo ao aluno, por exemplo, os possíveis reajustes e cobranças extras ao longo do curso. Se preciso, faça uma simulação do valor da mensalidade após o reajuste. Assim, você irá contribuir para a organização financeira do estudante, permitindo que ele se prepare melhor para cumprir os compromissos financeiros.
- mantenha uma política de inadimplência escolar bastante clara e a repasse para gestores, professores e demais integrantes da escola. Com isso, todos estarão a par das regras e conseguirão manter o mesmo discurso, sem divergência nas informações.
- em hipótese alguma exponha o aluno credor! Leve sempre em consideração o histórico de pagamento e o atual momento do país.
- Se possível, ofereça soluções paliativas, como descontos ou parcelamento de dívidas.
3- Invista em relacionamento
Para melhorar a retenção dos alunos, é primordial investir e incentivar bons relacionamentos. Afinal, estamos na era da informação, e todos querem se comunicar o tempo todo. Para fidelizar estudantes, você deve ter uma boa estratégia de relacionamento interno.
Utilize a internet a seu favor! Mantenha um canal de comunicação nas redes sociais – Fan Page, Twitter, Messenger -, crie ambientes virtuais de aprendizagem e invista em e-mail. Deixe claro aos alunos que existem formas de comunicação direta e resposta quase imediata.
Além disso, é importante que você desenvolva estratégias de relacionamento com os pais dos alunos. Para isso, disponibilize informações constantes sobre a instituição, cronogramas, eventos e assuntos relacionados à segurança do aluno.
4- Tenha atenção às necessidades dos estudantes
Ofereça a oportunidade dos estudantes se expressarem. Alunos, principalmente os mais jovens, querem ser ouvidos – e eles certamente darão preferência para uma instituição na qual suas vozes têm vez.
Disponibilize meios de comunicação para que os alunos possam fazer críticas (positivas e negativas), dar sugestões, avaliar materiais de apoio, enfim, serem ouvidos e representados. Essa atitude mostra que a sua instituição de ensino é uma via de mão dupla, na qual os dois lados têm força.
Além de criar uma ouvidoria para atender os alunos, também é importante que todos que trabalham na instituição estejam alinhados e engajados na tarefa de dar atenção ao que os alunos têm a dizer.
E atenção: prepare toda a equipe para tratar, de forma respeitosa, questões relacionadas a preconceitos e bullying (atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos).
5- Faça uma análise das transferências
Se um aluno decidir trocar a sua instituição de ensino por outra, analise o fato cuidadosamente. Acredite: isso pode ser muito proveitoso para promover ajustes e melhorias internas.
Faça uma análise do porquê da transferência. As respostas, quando relevantes, podem – e devem – melhorar a dinâmica da instituição de ensino.
Além disso, é importante tentar conhecer o local que o aluno escolheu para seguir com sua formação. Desse modo, é possível avaliar quais diferenças podem ter sido decisivas. Analise, por exemplo:
- se o preço da mensalidade da outra instituição de ensino é menor;
- como é a estrutura;
- se a grade curricular é muito diferente;
- qual tipo de metodologia de ensino é utilizada;
- se as estratégias de relacionamento e comunicação são diferentes das suas.
Ao refletir sobre essas questões, será possível alterar aquilo que está causando a “fuga” do aluno e aprimorar a sua atuação como diretor, gestor ou líder.
6- Ofereça opções de monitoramento de presença
Um dos principais receios dos pais é saber se os seus filhos estão realmente frequentando a escola, certo?
Para oferecer a garantia de q
ue os estudantes estão realmente nas dependências da instituição, implemente um sistema de monitoramento de presença. Essa supervisão pode acontecer em modo online ou por mensagens de celular, sendo compartilhada com os pais a cada entrada e saída do aluno.
E o engajamento?
Para engajar e reter os alunos, você também pode apostar em mobile learning. Muitas instituições de ensino têm investido neste formato de ensino-aprendizagem, aproveitando o fato de que os smartphones e tablets estão sempre à mão dos alunos. Além disso, os estudantes atuais querem uma experiência de aprendizado superior aos modelos tradicionais.
Nesse contexto, o mobile learning permite que você trabalhe com videoaulas, e-books, podcasts, infográficos e outros recursos que tornam a experiência do aluno muito mais completa!
No Brasil, existem plataformas móveis que unem o conteúdo às necessidades da escola. Nelas, os professores podem acompanhar o desempenho de seus alunos e fazer a gestão do aprendizado.
Conteúdos mobile podem servir, inclusive, de apoio escolar para os alunos. Que tal oferecer uma disciplina de reforço a distância para os estudantes? Ou disponibilizar as gravações das aulas diárias, com algumas inserções de imagens e letreiros? Pense nisso!
Plataforma mobile
Criada em 2013, a mLearn é uma startup focada em aprendizagem móvel que possibilita para instituições educacionais e empresas a entrega de programas educacionais via smartphones, usando gamificação e ferramentas de aprendizagem social.
A plataforma mLearn é voltada para usuários de smartphones que pretendem complementar e/ou reforçar seus estudos nas horas vagas, em deslocamento (indo e voltando para a escola ou trabalho) ou mesmo em casa, ou no trabalho, e também para funcionários de empresas que precisam de qualificação específica, como treinamento de força de vendas.
A ferramenta possui diversas funcionalidades: cursos, provas, certificados, exercícios, socialização, notícias, entre outras. Um dos diferenciais é que a plataforma é integrada com as redes sociais e o aprendiz participa de um jogo onde tudo o que ele faz é avaliado e pontuado, e a medida que ele estuda ganha pontos, medalhas e vai mudando de nível.
Em 2014, a empresa teve o seu plano de negócios destacado pelo programa de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Standford, na Califórnia. A startup já capacitou mais de cinco milhões de pessoas com cursos rápidos nas quatro principais operadoras do país, e conta com um sistema de distribuição de cursos e treinamentos prontos direcionados para áreas diversas.
Caso você tenha alguma dúvida ou sugestão sobre este assunto, não deixe de entrar em contato conosco, combinado?