Professor 2.0: o uso da tecnologia em prol do Ensino

Criação: Cláudio Almeida
O processo de desenvolvimento tecnológico em nossa sociedade está cada vez mais acelerado. Novos recursos são inseridos todos os dias no mercado, e não demoram para tomar conta do nosso cotidiano. Smartphones, tablets, notebooks, entre outros dispositivos móveis, estão presentes em nossas atividades diárias, inclusive no ambiente escolar, dentro da sala de aula.


Enquanto algumas instituições de ensino desenterram velhas desculpas para não utilizarem smartphones e internet como ferramentas úteis no processo de ensino-aprendizado – ignorando o fato da tecnologia estar presente nos lares e nas vidas das pessoas -, outras escolas e faculdades, principalmente aquelas que querem seguir na linha de frente da inovação, estão se lançando cada vez mais na nova geração da tecnologia e inovando seus métodos de educação.



Neste cenário de modernização do processo de ensino-aprendizado, o professor, enquanto formador de opinião cultural e política e responsável direto pelo desenvolvimento de uma sociedade mais justa e democrática, nunca foi tão mais necessário e exigido. Afinal, hoje é impossível tratar a tecnologia de forma superficial; é preciso utilizá-la, seja no ensino presencial ou a distância, como recurso facilitador de absorção de conhecimento, capaz de influenciar diretamente o sucesso dos alunos.
 
Mas, ainda assim, nem todos os professores estão preparados para integrar as novas tecnologias no ambiente escolar, seguindo na contramão da evolução metodológica adotada por várias instituições de ensino. Você, enquanto profissional da área educacional, está preparado? Prossiga com a leitura!
 
Utilizando a Tecnologia na Educação
 
Não há limites para a utilização da tecnologia na educação, e nem devemos negar ou proibir o seu uso em sala de aula.  Precisamos encarar a tecnologia como aliada do processo de ensino-aprendizado, como uma ferramenta que pode contribuir para a melhoria dos atuais métodos de aprendizagem.
 
A tecnologia não veio para substituir o professor! Pelo contrário: ela veio permitir a utilização de recursos ricos e interativos, facilitar o ensino e engajar alunos; além de ser um importante apoio para a seleção de eficientes estratégias pedagógicas. E, se não bastasse, os recursos tecnológicos como os smartphones e tablets estão disponíveis a qualquer hora e em qualquer lugar, contribuindo com a democratização da educação e respeitando o limite de aprendizado de cada aluno.



A tecnologia abre novas possibilidades à educação e possibilita que o aluno não seja mais visto apenas como receptor de informação, mas sim como participante ativo na aquisição de conhecimento.
 
Blogs, documentos colaborativos (como o Google Docs), podcasts educacionais, vídeos como fonte de pesquisa, materiais textuais de apoio, jogos, gamificação e até mesmo as redes sociais podem (e devem) ser utilizados para dinamizar as aulas, atrair a atenção dos alunos e, para, enfim, possibilitar uma educação mais flexível, atraente, eficiente e moderna.
 
Como exemplo, podemos citar o Google Maps, que, apesar de não ter sido criado com objetivo educacional, pode ser utilizado em aulas de Geografia, História, Matemática e em outros contextos de aprendizagem. Outro exemplo são os jogos e aplicativos pedagógicos, que têm sido usados de forma bem-sucedida no ensino de Ciências, Matemática, Português e Idiomas.
 
Existem no mercado plataformas gratuitas e pagas, como a Padlet, que permitem que professores e alunos construam projetos online em conjunto, ou plataformas online que possibilitam que o professor customize e personalize o conteúdo por região ou de acordo com os pontos fortes e fracos de cada aluno.
 
O Papel do Professor



Vivemos em uma época cada vez mais tecnológica, principalmente quando se trata de compartilhamento de informações e da facilidade de aprender por si mesmo; ou seja, do processo de aquisição de conhecimentos, valores e habilidades por conta própria. No ambiente educacional, esse contexto traz alguns desafios para o professor.
 
Os professores mais antenados já implantaram suas metodologias e ferramentas tecnológicas em sala de aula. Contudo, ainda existe um grande número de educadores que persistem em utilizar métodos antigos e já ultrapassados, ignorando o potencial dos recursos tecnológicos, das mídias sociais e dos dispositivos móveis. Se você se identifica com este último caso, não se preocupe, ainda há tempo de se adaptar à realidade digital!



Antes de sair por aí adicionando todos os novos recursos em uma disciplina, o professor deve conhecer bem a ferramenta que pretende adaptar, integrar e usar. Além disso, é importante encarar o recurso como fator determinante para um ensino mais próximo à realidade dos estudantes, conseguindo, assim, prepará-los para o futuro.
 
Com o avanço tecnológico, o papel do professor se ampliou. Além de ensinar, ele também deve ser orientador e acompanhante da educação do aluno, criando propostas de atividades para a reflexão, sugerindo fontes de informação alternativas e oferecendo explicações. Ou seja, o professor deixa de ser o  centro da informação para ser o mediador, o facilitador do aprendizado do estudante.
 
O Celular como Mecanismo de Aprendizagem



O Mobile Learning (Educação/Aprendizagem Móvel) vem recebendo bastante atenção das instituições de ensino. Graças à diversidade dos materiais didáticos e aos avanços consideráveis na qualidade das conexões de internet, hoje, é possível elaborar materiais criativos e versáteis, que utilizam todas as vantagens das mídias atuais.
 
Contudo, a educação por meio de celulares e tablets levanta inúmeros desafios para a produção de conteúdo. Afinal, não basta digitalizar textos e inseri-los em uma plataforma. É necessário desenvolver conteúdos objetivos, acessíveis, flexíveis e interativos.
 
Dessa forma, a palavra-chave para a construção da educação móvel é convergência. Isso significa que os conteúdos devem ser criados e adequados a diferentes formatos: textos, ilustrações, gráficos, questionários online, exercícios interativos, jogos, vídeos, áudios e outros recursos que influenciam os resultados do processo educacional.
 
Conclusão



Atualmente, é inevitável encontrar alunos com seus smartphones e tablets dentro da sala de aula, sempre conectados à internet. Diante desta realidade, ao invés de tentar proibir o uso dos dispositivos móveis nas instituições de ensino, o professor deve preparar cada aluno para utilizar a tecnologia de forma adequada. Ele precisa fazer com que os recursos tecnológicos sejam ferramentas de transmissão de conhecimento.
 
Com relação ao processo de aprendizagem, a adoção da tecnologia em sala de aula deve ser feita com base na contextualização e na integração com o plano de curso, no qual o desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem deve ser a maior preocupação dos professores.
 
Conforme vimos ao longo deste artigo, a tecnologia contribui para melhorar o desempenho do aluno nos estudos, e as opções de recursos tecnológicos para utilização em prol da educação são muitas: redes sociais, imagens, e-books, vídeos, podcasts, games, aplicativos e muito mais. Basta selecionar as tecnologias mais úteis para cada disciplina e conhecer os princípios das novas ideias produtoras de conhecimento.
 
O fato da tecnologia aumentar o engajamento do aluno com a disciplina e o encantamento que ela é capaz de despertar são apenas dois motivos para você investir e insistir no uso de recursos tecnológicos em sua disciplina. Pode apostar!