1- Introdução
Se você ainda acredita que o futuro é a mobilidade, é melhor repensar o seu discurso. Essa mudança já aconteceu e hoje pode ser mostrada em números. Veja! De acordo com a companhia de análise independente StatCounter, o consumo de internet a partir de dispositivos móveis superou o uso por meio de computador em 2016. O tráfego a partir de smartphones e tablets em outubro do ano passado foi de 51,2% enquanto o computador ficou em 48,7%.
E se ainda não estiver convencido, outros dados podem comprovar o que estamos afirmando: de acordo com um relatório da GSMA – entidade que representa os interesses das operadoras móveis de todo o mundo -, o Brasil é o país com mais smartphones conectados à internet da América Latina. São 234,5 milhões de conexões sem fio (wi-fi) no país no terceiro trimestre do ano, sendo 73% a partir destes aparelhos e 35% utilizando tecnologia 3G/4G.
Sim, o tal futuro mobile já é algo consolidado. E, com essas mudanças, os dispositivos móveis alinhado às novas tendências tecnológicas têm projetado cada vez mais o mercado de dispositivos móveis. E, acredite, o segmento de mobile learning tem sido um dos percursos para estes novos formatos de tecnologia. E o conceito de mobile first, por exemplo, que consiste em projetar um site primeiro para dispositivo móvel e depois ajustá-lo para desktop, já é uma estratégia bastante utilizada para quem trabalha em projetos de ensino a distância.
Se você deseja acompanhar a revolução digital em seus projetos educacionais, seja bem-vindo, você está no lugar certo. Neste artigo, iremos mostrar como o mobile first poderá otimizar o tempo gasto em seus trabalhos e reduzir custos.
2- Porque Considerar o Mobile First em projetos EAD
O processo de desenvolvimento tecnológico em nossa sociedade está cada vez mais acelerado. Novos recursos são inseridos quase que diariamente no mercado, e não demoram para tomar conta do nosso cotidiano. Smartphones, tablets, notebooks, entre outros dispositivos móveis, estão presentes em nossas atividades diárias, principalmente para se comunicar, compartilhar informações e aprender por si mesmo; ou seja, para adquirir conhecimentos, valores e habilidades por conta própria, sem a necessidade de estar em sala de aula e sendo acompanhado por um professor.
Desta forma, hoje, é impossível tratar a tecnologia de forma superficial; é preciso utilizá-la em prol da educação, como recurso facilitador de absorção de conhecimento, capaz de influenciar diretamente o sucesso dos alunos. Sendo assim, graças à diversidade dos materiais didáticos e aos avanços consideráveis na qualidade das conexões de internet no Brasil, o mobile learning (educação/aprendizagem móvel) vem ganhando cada vez mais espaço no mercado.
Contudo, a educação a distância levanta inúmeros desafios para a produção de conteúdos multidispositivos. Já que não basta digitalizar textos e inseri-los em uma plataforma online qualquer. É imprescindível elaborar conteúdos objetivos, acessíveis, flexíveis e interativos, planejados para serem acessados em dispositivos móveis, para melhorar a experiência do aluno com o aprendizado, gerar engajamento e reduzir custos com o projeto.
Isso porque quando um projeto educacional é desenvolvido primeiro para desktop, a versão mobile precisa passar por várias adequações nos elementos para que tudo funcione corretamente no celular. Com isso, em alguns casos, muitos itens são removidos para que o site funcione bem em smartphones e tablets, por exemplo, e a experiência de usabilidade do aluno pode ser comprometida.
Quando este processo é realizado ao contrário, ou seja, o projeto educacional é pensado e elaborado primeiro para dispositivos móveis, é mais fácil ajustá-lo para o computador, pois o excesso de informações foi eliminado antecipadamente. Você terá apenas o trabalho de enriquecer a experiência do aluno.
No entanto, vale destacar que um projeto educacional a distância mobile first traz alguns desafios para o designer instrucional, desenvolvedores e designer, como: telas touchscreen, conexão móvel muitas vezes limitada, análise do comportamento dos usuários e tamanho da tela reduzido, que podem variar de 4 a 6,3 polegadas.
Sendo assim, a equipe responsável pelo projeto educacional precisa redobrar a atenção com relação a arquitetura da informação, usabilidade e acessibilidade do usuário. Ou seja, a prática do mobile first leva os desenvolvedores, designers e designer instrucional a pensarem em quais elementos são prioridades na exibição para o usuário e quais podem ser descartados, dando maior foco ao conteúdo que o usuário irá consumir quando estiver utilizando um pequeno dispositivo. Com isso, a tendência é que os projetos de EAD sejam mais limpos, bonitos e funcionais.
Uma das formas de testar a usabilidade dos projetos (seja na versão web ou em plataformas de EAD) é solicitar que algumas pessoas, com perfil semelhante do seu público-alvo, tente executar tarefas no site ou plataforma, tais como: acessar uma aula ou videoaula, voltar para a home, fazer um exercício, etc. Depois, basta coletar as opiniões das pessoas e analisar onde é possível melhorar e o que deve ser mantido.
3- Conclusão
Conforme vimos, para quem atua no segmento de ensino a distância, usar o mobile first para desenvolver projetos educacionais não é mais uma questão de pensar no futuro, mas sim de estar atento ao presente. Afinal, se o mundo inteiro está acessando a internet por dispositivos móveis, não é nada sensato pensarmos em desenvolver projetos educacionais online para serem acessados em computadores. O fato é que pensar primeiro em versões mobile, desfrutamos de várias vantagens, entre elas, podemos destacar:
- melhor experiência de usabilidade;
- eliminação do excesso de informações antecipadamente;
- eliminação de recursos visuais pesados;
- elaboração de interfaces mais agradáveis;
- diminuição da taxa de rejeição por parte do usuário.
Além disso, o mobile first visa atrair e reter o públicos-alvo do seu projeto educacional, já que parte-se do pressuposto de que quem realiza um curso a distância ficará ainda mais satisfeito se puder estudar pelo sma
rtphone.